Ações de conscientização sobre câncer de mama chamam a atenção

Publicado em: 03/10/2014

Fonte: http://www.cruzeirodosul.inf.br/

O 4º Chá Solidário a ser realizado amanhã (4), às 16h, no Sorocaba Clube, no Centro, marca a programação da Campanha Outubro Rosa. A iniciativa é do Rotary Club de Sorocaba Granja Olga e da Liga Sorocabana de Combate ao Câncer de Mama. Outras ações de conscientização e prevenção serão realizadas pela Liga Sorocabana dia 18 (sábado) à tarde, no Shopping Cidade Sorocaba; e dia 19, às 9h, a Caminhada Rosa do Grupo Andanças, no Parque Campolim. Outubro Rosa é um movimento mundial a favor da conscientização e prevenção do câncer de mama, com origem nos Estados Unidos. A edição deste ano também alerta para a incidência - ainda pouco divulgada - de casos da doença em homens.

As taxas de incidência de casos da doença variam pelos continentes, conforme pesquisas de alunos do curso de Jornalismo da Esamc/Sorocaba. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que cerca de 1,7 milhão de novos casos de câncer de mama foi registrado em 2012 no mundo. Esse índice representou 25% de todos os tipos da doença apresentados em mulheres no mesmo ano. Embora seja um prognóstico positivo, se descoberto com antecedência, a doença mantem taxa de mortalidade alta no Brasil, onde, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceu 17,6% em 20 anos entre o público feminino na faixa de 30 a 69 anos de idade. O principal motivo desse aumento é atribuído a desinformação.

Quanto mais cedo diagnosticado o câncer de mama, maiores são as chances de cura. Uma das principais formas é a mamografia, que deve ser realizada pelas mulheres a partir dos 40 anos. A ginecologista Márcia Petit esclareceu ao grupo de alunos da Esamc que a partir dos 50 anos o exame deve ser feito todo ano. Isso porque é nesta faixa de idade que ocorre a maior incidência desse tipo de câncer. As mulheres de 50 a 69 anos são consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como público prioritário para o exame preventivo. O Sistema Único de Saúde (SUS) garante o acesso gratuito ao exame. Para as mulheres com idade inferior à faixa indicada a mamografia é unilateral, em apenas uma das mamas, mas com indicação médica.

Quanto às mulheres mais jovens que apresentam alguma alteração detectada durante a avaliação médica, ou que tenham casos de câncer na família, a mamografia não é o exame mais indicado. A ginecologista explica que a imagem deixa a desejar devido a grande quantidade de tecido mamário, comum às mulheres mais novas. Nestes casos, a prevenção pode ser feita por meio de um exame de ultrassom. Em qualquer idade, porém, caso haja a necessidade de confirmar alguma suspeita levantada na mamografia ou no ultrassom, é possível realizar uma ressonância magnética. Outro método que as mulheres podem utilizar é o autoexame, independentemente da idade.

Público masculino

A incidência de casos de câncer de mama em homens foi alvo de estudos de alunos de Jornalismo da Esamc/Sorocaba. O trabalho chama a atenção para a pouca divulgação em torno da doença que também atinge o sexo masculino. Dados do Instituto Susan G. Komen é citado pelos alunos: cerca de 1% de todos os casos da doença no mundo é masculino. Apesar de muito inferior em relação ao índice de casos em mulheres (1,3 homens contra 120,9 mulheres, a cada cem mil), os alunos alertam para os riscos. A ausência de informações e prevenção pode levar à descoberta da doença em estágio muito avançado, inclusive afetando outros sistemas além do mamário. Assim as chances de cura podem até reduzir-se de forma significativa.

O autoexame das mamas deve ser realizado por homens de todas as idades. Em caso de dúvidas ou suspeita de alguma alteração é importante buscar auxílio médico. Alguns sintomas comuns apresentados nos homens são: inchaço; surgimento de protuberâncias, geralmente indolores; pele ondulada ou enrugada; retração do mamilo e vermelhidão ou descamação da pele. Os alunos citam um dos casos da reduzida estatística de homens com câncer de mama: o aposentado de 84 anos descobriu a doença com 76 anos. Ao perceber um nódulo na região da mama procurou imediatamente ajuda médica. A biópsia (exame de diagnóstico) confirmou o tumor.

Além de radioterapia, o tratamento do aposentado envolveu a retirada da mama, que é um procedimento mais comum na mulher. Após sua recuperação foi surpreendido pelo reaparecimento da doença na outra mama. Novamente passou pela ginecomastia, que é o processo de retirada da mama do homem. Oito anos após o diagnóstico, o aposentado comemora a recuperação, que atribui à procura por ajuda médica especializada. O grupo de alunos envolvidos no trabalho é formado por Amanda Tavares, Bruno Renzis de Moraes, Guilherme Caetano, Júlio César Crepaldi, Samantha Falcari Rodrigues e Tácia Rosa.

Em prol da prevenção e da cura

A cor rosa que simboliza o movimento será conferida em edificações de várias partes do mundo este mês. O assunto será lembrado por cartões postais como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; Pirâmides do Egito, Torre de Pisa, Palácio de Buckingham e Casa Branca. Toda a mobilização em torno da doença começou em 1990, em Nova York, quando a fundação Susan G. Komen distribuiu um laço cor de rosa, numa ação que ficou conhecida como "Corrida pela Cura". O laço se tornou simbólico e adquiriu popularidade. Outros estados norteamericanos possuíam ações de prevenção contra o câncer de mama em outubro. Mas foi em 1997 que algumas cidades passaram a realizar efetivamente as ações envolvendo o laço rosa.

No Brasil, o primeiro registro dessa manifestação foi em outubro de 2002, no Mausoléu do Soldado Constitucionalista - Obelisco do Ibirapuera -, em São Paulo. Outra ação ganhou destaque em maio de 2008, quando a Fortaleza da Barra, em Santos, foi iluminada pelo Instituto Neo Mama de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama, em comemoração ao Dia das Mães e preparação para o Outubro Rosa. Em Sorocaba, o Grupo Andanças desenvolve atividades desde 2008. É o Andanças que realiza desde 2009 a Caminhada Rosa. Na edição passada reuniu mais de duas mil pessoas no Campolim. Desde então, a cor azul tornou o símbolo do trabalho de conscientização da necessidade de prevenção da doença entre os homens.

Tanto a Liga Sorocabana de Combate ao Câncer quanto o Andanças contam com o apoio da Prefeitura de Sorocaba e de empresas interessadas na causa. Este apoio permite o crescimento das instituições e o aumento das ações organizadas. Algumas cidades da região também começaram a trabalhar a campanha no mês de outubro, nos últimos anos. Entre os municípios engajados da região está Itu, Porto Feliz, Votorantim, Araçariguama, Pilar do Sul, Piedade e São Roque.

Conscientização

A programação da Campanha Outubro Rosa de Sorocaba teve início segunda-feira, dia 29 de setembro, com um encontro especial no auditório da Associação Comercial de Sorocaba (Acso), para discutir Prevenção - Mullher Consciente, por Márcia Wey e Marisa Lopes, da Liga Sorocabana de Combate ao Câncer. O evento promovido pela Acso, por meio do Núcleo Mulher de Negócios, reuniu mulheres empreendedoras. Para simbolizar o envolvimento com a causa foram arrecadados durante a palestra lenços em prol da campanha. Também houve degustação oferecida pela Casa do Bolo Integral, além de atividade coordenada pelo Grupo ReVida (www.revida.org.br). A instituição decorou com tecido rosa a entrada principal da Policlínica Municipal.



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