Cientistas
tailandeses descobrem possível anticorpo para combater o ebola
Publicado em: 02/10/2014
Fonte:
http://noticias.uol.com.br/ > EFE
Cientistas tailandeses anunciaram
nesta quinta-feira (2) a descoberta de um novo tipo de anticorpo
contra o vírus do ebola considerado "mais efetivo" do que os
existentes, mas que ainda precisa passar por testes em animais e
humanos.
"Estamos muito orgulhosos de ter criado um novo tratamento de
anticorpo contra o ebola", afirmou em entrevista coletiva Udom
Kahinton, membro da equipe de pesquisadores da Faculdade de Medicina
do Hospital Siriraj, em Bancoc.
"É uma nova estrutura do anticorpo, um novo mecanismo, para matar a
febre do ebola de forma mais efetiva", explicou Udom, que espera
bons resultados quando forem realizados testes com animais em
laboratório e com humanos.
Segundo a pesquisa, este novo anticorpo é suficientemente pequeno
para entrar na célula e destruir as proteínas do ebola, inócuo para
as pessoas porque se desenvolveu a partir de genes humanos e poderá
ser produzido em grandes quantidades.
Os pesquisadores ressaltaram que os testes podem requerer um ano,
embora este tempo possa diminuir com mais financiamento.
Siyam Bioscience, uma empresa farmacêutica criada com participação
da Tailândia e Cuba, mostrou-se interessada nos testes deste novo
anticorpo.
Atualmente, existem vários remédios experimentais contra o ebola,
incluído o ZMapp - um coquetel de três tipos de anticorpos - e se
espera que as companhias GlaxoSmithKline (GSK) e NewLink Genetic
anunciem uma vacina antes do fim do ano.
Em seis meses, o ebola infectou 6.553 pessoas e causou a morte de
3.100 na Libéria, Serra Leoa e Guiné, os três países mais afetados
pela epidemia na África Ocidental.
Esta é a maior epidemia da doença desde que o vírus foi descoberto
em 1976, na República Democrática do Congo (antigo Zaire).
A Médicos Sem Fronteiras afirma que as limitações logísticas impedem
a organização de aumentar sua ajuda nos três países. Segundo o Banco
Mundial, o impacto econômico do ebola pode ser "catastrófico" na
Libéria, Serra Leoa e Guiné e o prejuízo pode alcançar mais de US$
800 milhões até 2015.
"Se não determos o ebola, a doença se estenderá para outros países",
afirmou ontem o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O diplomata lembrou que nesta terça-feira foi confirmado o primeiro
caso de ebola diagnosticado nos Estados Unidos e afirmou que no
cenário mais negativo cerca de 1,4 milhão de pessoas podem ser
infectadas.
O ebola, transmitido por contato direto com o sangue e fluidos
corporais de pessoas ou animais infectados, causa hemorragias graves
e tem uma taxa de mortalidade de 90%.
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