Genética
causa 50% dos casos de obesidade, diz especialista
Entre
os fatores que colaboram para o ganho de peso estão
sedentarismo, uso de alguns medicamentos, mudanças de hábitos e
estresse.
Publicado
em:21/08/2014
Fonte:
http://www.idest.com.br/ > Por Terra
Estar acima do peso e não conseguir emagrecer é um problema
que pode ser relacionado a fatores mais complexos do que apenas uma
dieta irregular ou uma rotina sedentária. De acordo com o
endocrinologista Alfredo Halpern, algumas pessoas apresentam
problemas relacionados à genética ou até mesmo metabólicos que
dificultam a perda de peso e faz com que a obesidade se torne um
risco ainda maior.
"Existem pessoas que produzem gordura com mais facilidade. Nesses
casos, mesmo que elas a consumam numa quantidade não muito grande no
dia a dia, acabam estocando gordura com mais facilidade", ressalta o
especialista.
Halpern alerta que nem sempre a questão hormonal é a responsável por
uma obesidade descontrolada, como o hipotiroidismo ou outras
disfunções do gênero. De acordo com ele, "as disfunções hormonais
são a causa de no máximo 10% dos casos de obesidade".
"O que quero dizer é que os mecanismos para fazer engordar são muito
mais complexos do que apenas os alimentos. A pessoa pode e deve
fazer uma dieta, mas pode ser que não venha a funcionar. Muitas
vezes ela precisa tomar remédio ou investigar o que está acontecendo
com ela", defende o endocrinologista.
Entre os fatores que colaboram para o ganho de peso estão, além do
sedentarismo, o uso de alguns medicamentos, mudanças de hábitos,
estresse e diversos outros fatores muito pouco observados por quem
busca perder peso.
Entre as causas, Halpern destaca: "a falta de sono, substâncias
químicas como inseticidas e organoclorados, talvez ar condicionado
por conta da diminuição da variabilidade térmica, parar de fumar,
alguns remédios como os antidepressivos", e até mesmo o fator
genético, apontado pelo endocrinologista como responsável por 50%
dos casos de obesidade.
Ele explica que nesses casos a pessoa "tem um metabolismo mais lento
e produz gordura com mais facilidade. Isso diminui a queima calórica
e pode aumentar também a quantidade de comida que é digerida",
destaca Halpern.
Por isso, o especialista aponta para a necessidade de se observar os
antecedentes familiares e estar atento para o caso de uma dieta não
estar funcionando, ainda que seguida cuidadosamente.
"Analisar os antecedentes familiares provavelmente vai te ajudar
muito a identificar se é um fator genético, mas é preciso ficar
atento principalmente se a pessoa percebe que não come tanto, mas
engorda mais que os outros. Isso já é um sinal", sugere.
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