País ganha 1ª vacina contra meningite B

Publicado em: 06/05/2015
  Vanessa de Oliveira
  Do Diário do Grande ABC
Fonte: http://www.dgabc.com.br/
A empresa farmacêutica GSK lançou na manhã de ontem a primeira vacina de prevenção à meningite bacteriana tipo B no País, aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no dia 5 de janeiro.

Recomendada para pessoas a partir dos 2 meses aos 50 anos, a imunização, no entanto, só estará disponível nas clínicas particulares de vacinação, chegando a esses locais até o fim da primeira quinzena deste mês. Para os estabelecimentos, cada dose será vendida a R$ 340, mas o valor repassado ao paciente irá variar entre os Estados por conta da tributação. Atualmente, fazem parte do calendário nacional de vacinação quatro tipos que protegem contra a meningite: a BCG; a pentavalente; a meningocócica C; e a pneumocócica.

O pediatra e vice-presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunologia), Renato Kfouri, explicou que a integração da vacina no calendário do SUS (Sistema Único de Saúde) não depende de pedido da indústria. “Existe o Comitê Técnico Assessor em Imunizações, do Ministério da Saúde, que se reúne periodicamente para discutir quais são os avanços do programa e a possibilidade de inclusão de vacinas. Ele vai observando o número de casos, coloca na pauta de discussão de acordo com a importância que a doença tem e os dados de proteção disponíveis com aquela vacina”, falou o médico. A defesa contra o tipo B já foi aprovada em 37 países e em seis integra o programa nacional de imunizações.

A meningite é uma infecção que se instala principalmente quando uma bactéria ou vírus consegue vencer as defesas do organismo e ataca as meninges – três membranas que envolvem e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central.

Os sintomas iniciais incluem febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite e vômito. A doença pode matar em até 24 horas.

No Brasil, em 2014, 53% dos casos de meningite em crianças menores de 5 anos foram causados pelo meningococo B; no Grande ABC, 20%, segundo o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde. A região registrou, em 2014, três contaminações: uma em Diadema e duas em São Bernardo. “Os casos do sorogrupo C, em crianças abaixo de 2 anos, estão relativamente contidos em quem está coberto no Grande ABC. Porém, existem casos do tipo B em todas as faixas etárias. Não é uma doença que tem como único problema levar à morte, mas que também pode gerar um surto, e o ideal é prevenir”, alertou o gerente médico da GSK, Felipe Lorenzato.


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