Santa Casa promove ação no Dia Nacional da Doação de Órgãos
 

Publicado em: 23/09/2014

Fonte: www.paranashop.com.br/  > Vida e Saúde

Na próxima sexta-feira, 26, a Santa Casa de Curitiba promoverá, entre 10h e 15h30, na Praça Rui Barbosa, uma ação em alusão ao Dia Nacional da Doação de Órgãos. Durante o evento, que acontecerá no centro da capital, o hospital oferecerá atendimentos gratuitos à população, como aferição de pressão, testes de glicemia e orientações sobre o processo de doação de órgãos e tecidos.
 
Referência em transplantes de coração no Brasil, o hospital realizou, no primeiro semestre de 2014, mais de 35% do total de cirurgias no Paraná, além de 5.2% dos transplantes de rim e 4% dos procedimentos de córneas. Em 2013 a Santa Casa concretizou 60 transplantes e até setembro de 2014, 55 procedimentos já foram realizados.
 
De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o Brasil tem o maior programa público de transplante do mundo. Porém, a associação faz uma alerta sobre números preocupantes, há apenas 12 doadores para cada milhão de brasileiros.
 
Decida em vida
Maykon de Freitas, enfermeiro e coordenador da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do Hospital Universitário Cajuru (HUC), implantou um grupo multidisciplinar no hospital que mais captou órgãos, em 2013, no estado do Paraná. Foram 102 captações de múltiplos órgãos, sendo eles córneas, globo ocular, rins, pulmões, pele, coração, fígado e pâncreas, que foram encaminhados para diferentes estados do país.
 
Composto por assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos, o grupo multidisciplinar do HUC tem a missão de acompanhar e esclarecer todas as dúvidas dos familiares dos pacientes que, após um grave trauma encefálico, tenham a morte cerebral diagnosticada.
 
Segundo Freitas, para se tornar um doador, não é preciso nenhum documento, basta avisar a família. “Para encaminhar um protocolo de órgão captado, a central de transplantes do estado exige a assinatura dos familiares. Conversar com a família e expor o desejo de ser um doador, é a melhor maneira de salvar vidas”, indica.
 
Mitos e Verdades
Para Rogério Lara, coordenador de transplantes da Santa Casa de Curitiba, alguns preconceitos, falta de informação e questões religiosas ainda são barreiras que impedem a conscientização da importância em ser doador:
 
O que pode ser transplantado?
O doador vivo pode doar um rim, a medula óssea ou parte do fígado, do pulmão e do pâncreas. Do doador falecido, com o consentimento da família, podem ser doados coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, córneas, pele, ossos e válvulas cardíacas.
 
Uma pessoa em coma pode ser doadora?
Não. No coma não ocorreu a morte cerebral, ou seja, as células do cérebro continuam vivas e o quadro pode ser revertido.
 
Para quem irão os órgãos?
Para pacientes que aguardam em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado, seguindo critérios como urgência e compatibilidade.
 
A família precisa arcar com os custos relacionados à doação?
O doador ou sua família não tem custos nem ganho financeiro. Essa responsabilidade é do SUS, bem como o fornecimento, durante toda a vida, da medicação necessária para evitar a rejeição do órgão transplantado.
 
A doação deixa o corpo deformado?
Os órgãos e tecidos doados são removidos cirurgicamente. Portanto, a doação não desfigura o corpo, que pode ser velado ou cremado normalmente.
 
Serviço
Ação Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos
Data: 26/09/2014 (sexta-feira)
Local: Praça Rui Barbosa
Horário: Entre 10h e 15h


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