Saúde Suplementar: frentes que favorecem o sistema público
Na 3ª reportagem da série, profissionais destacam geração de emprego e avanços na tecnologia
Publicado em:09/04/2015
Fonte: http://www.jb.com.br> Por Cláudia Freitas, Jornal do Brasil

A presidente da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), Denise Eloi, em entrevista para o Jornal do Brasil, para a série O papel da Saúde Suplementar na desoneração do setor público, destaca que a existência dos planos de saúde permite uma geração de emprego representativa no setor, cerca de 3 milhões e 600 mil postos de trabalho diretos e milhares de vagas aberas através de outros canais associados. “A gente considera que seria além de uma parceria com a rede pública, mas uma obrigação social, dando emprego, aplicando recursos na saúde”, avalia.

As mais de mil operadoras de saúde abrem novos leitos e consultórios em cerca de três mil hospitais privados, mais 1400 hospitais particulares sem fins lucrativos e ainda 2.300 hospitais públicos. O diretor-executivo da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Antônio Carlos Abbatepaolo, detalha que cada leito de hospital gera, em médica, seis empregos, fora toda uma malha de funcionalidade que envolve médicos, enfermeiros, administradores e outros profissionais.  Para ele, esse efeito tem grande importância para a macroeconomia.

Dados da Saúde Suplementar no Brasil

Por outro lado, Abbatepaolo acredita que a contribuição da medicina suplementar poderia ser maior, se não fosse a alta incidência da carga tributária para o setor - 26,7%. “Se comparada com vários setores da economia, a gente [entidades da Saúde Suplementar] paga mais que todo mundo”, destaca. Agregada às despesas com associados, os tributos da rede privada inibe projetos inovadores, na visão do presidente da Abramge. Ele defende ainda uma atuação integrada entre União e rede particular.

“O que a gente entende é que a União gasta mais ou menos de 6% a 7% da sua receita bruta com a saúde. Defendemos que este número deveria chegar a 10%. A gente sempre defendeu que a saúde pública tem que ter um aporte de investimento maior. A nossa visão é de trabalhar integrado para melhorar a estrutura, com uma complementação. Muitos países europeus têm aporte muito superior ao nosso”, avalia.

A intersetorialidade no crescimento da produção dos setores

A intersetorialidade peculiar à Saúde Suplementar reflete, na opinião de Denise Eloi, a sua participação ativa e inegável em vários outros campos da produção. “Conseguimos integrar muitos trabalhos importantes para o país. O saneamento básico, educação, saúde, até a própria indústria, temos aí uma boa parte dos recursos aplicados. A inovação na saúde é um tema que está na nossa pauta”, diz. 

O setor ainda contribui com as campanhas de prevenção de doenças do governo federal. “O trabalhador que está bem cuidado ele produz melhor e, assim, reflete no desenvolvimento do país”, relaciona Eloi.

A saúde privada tem reflexo direto na indústria farmacêutica, de insumos e equipamentos médico-hospitalares, no comércio de medicamentos representado pelas farmácias e drogarias, empresas de manutenção, call centers, de coleta e destinação de resíduos. Na avaliação de Eloi, essa dinâmica entre áreas produtivas incentiva e promove o crescimento da economia nacional.



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