Veja quatro
benefícios do consumo de leite materno, segundo a ciência
Dia
nacional de doação de leite humano é comemorado nesta quinta
(1º).
QI mais alto e prevenção contra obesidade são algumas das
vantagens.
Publicado
em: 01/10/2015
Mariana Lenharo
A ciência já constatou diversos
benefícios do leite materno para bebês em comparação às fórmulas
infantis ou outros tipos de leite. Nesta quinta-feira (1º), quando é
comemorado o Dia Nacional de Doação de Leite Humano, veja cinco
efeitos – de curto e longo prazo – do consumo de leite materno na
saúde do indivíduo.
1 - Menos infecções
O consumo exclusivo de leite materno nos primeiros seis meses de
vida protege a criança contra as infecções gastrointestinais e, por
isso, reduz os riscos de mortalidade infantil. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), bebês que não são amamentados têm um risco
até duas vezes maior de morrer por diarreia e outras infecções.
"O leite materno é muito importante para formar a defesa do
organismo. É importante que o bebê receba o leite com bactérias do
homem, do ser humano, para que não tenha oportunidade de pegar
bactérias do hospital, por exemplo", diz a pediatra Marisa da Matta
Aprile, presidente do Departamento de Aleitamento Materno da
Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).
2 - Menos obesidade
A relação entre amamentação e redução do risco de sobrepeso e
obesidade na infância e na vida adulta já foi constatada por
diversos estudos e, hoje, é reconhecida pela OMS. Essas pesquisas
mostram que o consumo total de calorias é maior entre bebês que
consomem fórmulas infantis em comparação aos que são amamentados,
por isso eles têm maior peso na fase neonatal, o que está
diretamente associado ao desenvolvimento de obesidade no futuro.
Marisa observa que o leite materno tem a proteína mais adequada aos
bebês e que, por isso, não vai promover um ganho excessivo de peso.
Além disso, a amamentação estimula a regulação da saciedade da
criança. “Com mamadeira, a criança mama sem regular a saciedade,
isso leva a um consumo maior de leite e à dilatação do estômago”, o
que torna o bebê mais propenso a um futuro sobrepeso
3 - Menos doenças crônicas
Uma avaliação sistemática publicada em 2013 sobre os efeitos de
longo prazo da amamentação aponta para possíveis efeitos contra
doenças crônicas. A análise, feita por pesquisadores da Universidade
Federal de Pelotas, concluiu que o aleitamento materno pode ter um
efeito protetor conta a diabetes tipo 2, especialmente entre
adolescentes. O estudo concluiu ainda que existe um pequeno efeito
protetor da amamentação contra a hipertensão.
4 - Mais inteligência
Bebês que recebem leite materno também têm benefícios cerebrais a
longo prazo. “A gordura do leite materno vai ajudar a desenvolver o
cérebro”, diz Marisa. Um estudo feito no Brasil e divulgado em março
na publicação “The Lancet Global Health” concluiu que crianças que
foram amamentadas tiveram desempenhos melhores em testes de QI na
vida adulta.
Os pesquisadores também constataram que, em geral, eles tinham
salários mais altos e atingiam maiores níveis mais elevados de
educação.
Por que doar leite materno?
Para bebês prematuros internados em hospitais cujas mães não possam
amamentar por algum motivo, a alternativa é alimentá-los com leite
doado por outras mães e processado por bancos de leite distribuídos
por todo o país.
A pediatra Marisa da Matta Aprile explica que a qualidade do leite
materno processado não é a mesma do leite obtido diretamente da
amamentação. Ainda assim, tem muitas vantagens em comparação às
fórmulas.
Pode doar leite as mulheres que produzam um volume de leite além da
necessidade de seu bebê, que sejam saudáveis e que não usem
medicamentos que impeçam a doação. A Rede Brasileira de Bancos de
Leite Humano tem em seu site orientações para mães que queiram doar.
Interessadas podem verificar qual o banco ou posto de coleta de
leite humano mais perto de sua região.
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Consulte nos links abaixo,
informações detalhadas das operadoras de Planos de Saúde: