Dança
pode ajudar pacientes com Parkinson, que tiveram AVC.
Conheça o grupo que dança em cadeiras de rodas.
Publicado
em: 21/08/2015
A dança ajuda a queimar calorias, mas
além de ser uma atividade física, danças também é um exercício
cerebral completa. Quando dançamos, estimulamos várias áreas: a
atenção, já que é preciso estar ligado na música; percepção musical;
coordenação motora; empatia e memória. O Bem Estar desta sexta-feira
(21) mostrou os benefícios da dança, que vão além do emagrecimento.
Participaram do programa o psiquiatra Daniel Barros, o médico do
esporte Gustavo Magliocca e o professor e coreógrafo Erick Silva.
A dança é uma alternativa de terapia, como lembra o psiquiatra
Daniel Barros. A dançaterapia pode ajudar pacientes com doenças
complexas, como o Parkinson. Ela não ajuda nos sintomas ou trata a
doença, mas o paciente consegue dançar sem tremores.
Isso acontece porque os caminhos do cérebro da movimentação com
música são diferentes da movimentação voluntária. São outras áreas
acionadas. Apesar de não ajudar nos sintomas da doença, a dança faz
com que o paciente tenha mais autoestima, confiança e consiga se
entregar socialmente.
A dança promove gasto energético e contração muscular, portanto, é
uma atividade física. Por isso, os benefícios são os mesmos: queima
calórica (ativa o metabolismo); fortalece os músculos; ajuda no
emagrecimento; previne doenças do coração; melhora a qualidade do
sono e até o funcionamento do intestino.
Dança na cadeira de rodas
Valmir Magno Coelho, de 56 anos, foi vítima de um assalto e levou um
tiro que o deixou paraplégico. Ele teve que se adaptar à nova
realidade. “Ser cadeirante é começar como se fosse criança”, conta.
A dificuldade foi vencida com as aulas de dança em cadeira de rodas.
“A dança ajuda em tudo, até no dia a dia. Você andar na rua,
trafegar na rua com a cadeira. Agora já comecei a sair mais, a andar
sozinho, dirigir meu próprio carro”. As coreografias ajudam a
trabalhar a postura, o equilíbrio e a respiração.
Alcione Simões, de 59 anos, é outro exemplo de superação. Ela teve
paralisia infantil aos dois anos de idade, fez várias cirurgias e,
por causa de complicações, precisou amputar as duas pernas. Na
dança, redescobriu os movimentos. “Ela libertou a musculatura que
estava presa. Travava tudo. Não levantava os braços, agora levanto.
Penteio meu cabelo. Fora a alegria, o humor, a vontade de ser feliz,
de amar”, diz.
As aulas despertaram o espírito competitivo nos alunos. Agora, seis
atletas se preparam para representar o Brasil no campeonato mundial
de dança em cadeira de rodas, em setembro, na Rússia.
Música e AVC
A dança também ajuda pessoas que sofreram acidente vascular
cerebral, o AVC. Os pacientes treinam a coordenação motora, o
equilíbrio e a percepção corporal. Um trabalho complementar a
fisioterapia.
Os pacientes que ficaram com sequelas do AVC, como a perda dos
movimentos do braço ou perna se sentiam envergonhados ou incapazes
de dançar. Entretanto, eles descobriram que a dança é uma arte e que
a mente é quem comanda o corpo. “Somos limitados pela nossa mente.
Mesmo com limites de corpo nós podemos fazer muitas coisas”, diz a
psicóloga Denise Aparecida Seguim.
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Consulte nos links abaixo,
informações detalhadas das operadoras de Planos de Saúde: